O auto-conceito relacionado às ligações
familiares e praticas de educação de crianças.
A principal e mais
importante relação existente é a entre pais e filhos. São os pais os
responsáveis pelo impulso inicial dado as crianças, bem como de influenciar seu
desenvolvimento, seja ele para melhor ou pior, mas muitas vezes, até costumam
culpar as escolas, avós, vizinhos e televisão para comportamentos indesejáveis,
se esquecendo de sua responsabilidade , sendo eles, os pais, responsáveis pela
formação de sua personalidade primaria.
É dentro do contexto emocional de uma família que
um jovem, em desenvolvimento, sente se é amado ou não, querido ou não, dotado
ou não de valores, por exemplo uma criança de oito anos que cresce em um
ambiente em que não sabe se seus pais a ama, conseqüentemente como meio de
proteção ela desenvolve atitudes prudentes e desconfiadas com relação aos
outros.
Portanto, faz diferença de como essa criança vai
se sentir consigo mesma ou com outras crianças, de acordo como são educadas,
seja por seus pais ou outras pessoas.
Tendências
combinantes nas práticas de criação de filhos.
A criação que cada geração vai dar a seus filhos
vai depender e é influenciada pela história de vida do seu pai e da sua mãe e,
padrões sociais e expectativas atuais, podendo modificar as suas referencias em
termo de criação. Os calvinistas acreditavam que o recém-nascido era condenado
como resultado do “ pecado original “, devido a depravação inata do homem,
sendo tanto mau como rebelde. Deveriam se submeter somente à vontade dos pais e
de Deus. Sendo as orientações religiosas muito mais fortes na America do século
XIX, tendo um impacto importante sobre a educação de crianças. Sendo
justificativa para um comportamento sádico em relação à criança, durando por
muito tempo, sendo visto ainda nos primeiros anos da década de 1900, onde se
diziam que a criança era dotada de impulsos fortes e perigosos, sendo às mães
orientadas a tomar determinadas atitudes radicais mas que na época eram
naturais, porém nem todos os pais seguiam este tipo de criação a risca, havendo
uma atitude mais geral a respeito de como educar as crianças que faziam desse
processo uma coisa mais impessoal do que è o caso de hoje. Posterior a isso
surgiram novas “ tendências “ e sugestões de como educar uma criança, como um
livro escrito pelo famoso psicólogo behaviorista, John B. Watson.
Quais
são as tendências atuais?
São praticas que, não sugerem que tenhamos
voltados a uma disciplina firme e austera , mas sim sobre compreender a criança ao invés de ser demasiado rígido ou
permissivo, passando para criança segurança.
A ênfase sobre
compreender a criança não significa que estamos voltando a uma ética permissiva
de criação. Devido as imprudências dos adultos (crimes e delinqüência), não há
paciência para as filosofias que falam de liberdade e direito das crianças, com
isso crianças que tem pais firmes e não permissivos se saem bem na escola e possuem uma
auto-estima elevada.
Há uns 50 anos, os
pais sentiam que a maneira de curar a falta era atacar a personalidade da
criança, os pais de hoje compreendem melhor as idéias. Nos mostrando esta nova
abordagem psicológica que a criança tende a ver as coisas no seu extremo, como
o preto ou branco, ou seja, boas ou más, covardes ou corajosos, amáveis ou
terríveis, essa compreensão dos sentimentos pessoais da criança a ajuda a
aprender que tanto o seu mundo interno ou externo são reais, podendo
controlá-lo.
O que a criança se torna depende de como ela é criada e por quem é
criada.
Que influencia os pais a criar os filhos como o
fazem?
Todos os pais sabem instintivamente como “ ser um pai” , mas não podem
se apoiar em instintos inatos. Pode-se dizer que o modismo na criação
influencia o comportamento dos pais.
Influência da continuidade das gerações sobre o
comportamento dos pais.

Harris em seu estudo
exemplifica a continuidade da seguinte maneira: “1° era o grau em que as mães
estavam conscientes das semelhanças entre o seu próprio comportamento infantil
e o dos seus próprios filhos; 2° era a extensão em que desejavam ver repetidas
as experiências de sua própria infância; 3° era o grau em que as mães desejavam
ter o mesmo tipo de papel como adultos que tinham tido em crianças; 4° era a
extensão na qual algumas mães refletiam acerca das suas próprias expectativas
infantis não satisfeitas. Ele percebeu também que a conexão que a mãe fazia com
sua infância afetava no seu papel maternal.
A continuidade das
praticas de criação da uma geração para outra se da na maioria das vezes
inconscientemente. Os pais passam para seus filhos , pelo processo poderoso e
diário de ensino intencional, atitudes fundamentais de criação de crianças
passadas a eles pelos seus pais.
O que os pais ensinam
e transmitem a criança na fase de desenvolvimento ira influenciar o seu próprio
comportamento como futuros pais.
Influência da Personalidade Paterna Sobre o
Comportamento da Criança
É completamente visível aos
olhos de qualquer um que a influência dos pais é algo muito forte no
comportamento das crianças, nosso processo de formação psicológica e social
depende de tudo que nos é passado desde pequenos.
Cada atitude de um pai pra um filho apresenta para este, grandes
significados, muitos pais e mães sentem dificuldade de expressar seus
sentimento de forma aberta, eles dão assistência e cuidam dos filhos, ao que se
refere à valores materiais, mas o gesto físico de uma demonstração de carinho
(abraço,beijo) se omite diante desses feitos o que acaba por causar dúvidas nos
filhos à respeito do amor que recebem dos pais, o que recebe deles é por
obrigação ou amor verdadeiro, e tudo isso poderá influenciar no comportamento
que essa criança terá mais tarde, quando também se tornar um pai.
O Papel da Identificação e do Estabelecimento dos
Papéis Sexuais nas Relações Pais-Filhos
Esse estágio de identificação se dá de maneira inconsciente, elas
apresentam um comportamento imitativo e modelado referente ao vê a sua frente,
em sua maioria levam em consideração o comportamento da figura paterna e
materna.
Exemplos de identificação e de estabelecimento dos papéis sexuais é o
comportamento do menino de três anos imitando o pai ao fazer a barba e da
menina de quatro anos imitando a mãe ao cozinhar. Quando o estabelecimento dos papéis
sexuais se inicia na vida da criança ela começa a adquirir comportamento
considerado compatível com seu sexo dentro da sociedade de que faz parte, aos
quatro anos de idade já é capaz de atribuir os pronomes (ele,ela,eles e elas) às coisas e pessoas corretamente e apresentam
preferências de acordo com seu sexo e aos cinco anos aproximadamente ficam
cientes da diferença dos órgãos genitais masculino e feminino.
O Papel dos Pais no Estabelecimento dos Papéis
Sexuais e na Identificação
Os modelos masculinos e femininos que os pais apresentam ser para as
crianças são muito comprometedores à opção sexual que elas venham a ter, a
menina quando enxerga na mãe o comportamento feminino e passa a gostar,
obviamente ela irá imitá-la, o mesmo ocorre com o menino exceto a figura, que
neste caso é o pai.
O carinho que recebem (do pai e da mãe) também influem nessa fase, os
menino que tem pai mais presentes são mais masculino que os que têm uma relação
mais fria com pai, o mesmo ocorre com a menina, se sua relação com a mãe for
mais próxima a tendência é seu comportamento ser bem feminista, é o que não
acontece quando a relação mais forte é com o pai, o gênero do genitor mais
dominante também faz parte do exemplo de figura a se seguir, o modo de viver e
pensar dos pais também influem na
ousadia e coragem que essa pessoa
irá apresentar, a falta de carinho do pai pode fazer com que quando for rapaz
procure e encontre esse carinho em outro rapaz, diferente da homossexualidade
feminina que na maioria acontece por ter pais super-protetores, que falem dos
homens como pessoas que vão lhe ferir e acabam por causar medo na opção de
querer levar uma relação amorosa compatível com seu sexo, e fora do contexto da
importância sexual, os filhos copiam as coisas boas dos pais independente dos
sexos.
Influência do Movimento de Liberação da Mulher
Sobre a Modificação dos Papéis Sexuais
O Movimento da Liberação Feminina serviu para abrir os olhos de muitos
ao que se refere à importância de mostrar que alguns costumes antigos não são
mais válidos, o fato de uma mulher realizar atividades comumente realizadas por
homens não implica dizer ela seja menos feminina, o mesmo vale para os homens
de maneira inversa, aos poucos e de modo consciente isso está chegando à cabeça
de todos, há aqueles que persistam em resistir, mas que a mudança está
ocorrendo, isso é fato.
Três importante estilos de criar filhos
A maioria dos pais, naturalmente, deseja dar a
seus filhos o melhor que podem. Apesar das boas intenções, contudo, as crianças
nem sempre se desenvolvem como se espera. Algumas se tornam hostis, cheias de
ódio e desconfiadas, outras são medrosas e ansiosas, e algumas se transformam
em adultos infelizes, tímidos, que na sabem o que são e quais são os seus
princípios. Por outro lado, muitas crianças possuem um auto-conceito positivo e
se transformam em adultos produtivos, integrados e auto-realizados. A questão
é: que tipo de estilo de criação de filhos produz que tipo de crianças?
Não existe uma resposta simples para esta
pergunta, mas as pesquisas a respeito da criação de filhos nos anos recentes
nos deram uma boa idéia d que podemos razoavelmente esperar dados certos
estilos de criação de crianças. A psicóloga Diana Baumrind identificou e
pesquisou três padrões diferentes de como os pais se relacionam com os filhos e
usam a autoridade implícita no papel paternal.
·
Cuidado
Autoritário – esta abordagem caracteriza os pais que operam de acordo com
padrões rígidos de conduta, que favorecem medidas punitivas e severas de
disciplina, e que valorizam a obediência estrita como uma grande virtude.
·
Cuidado
Autoritativo – esta abordagem pode ser melhor descrito como racional e
orientada para as questões. Os pais autoritativos se apóiam menos no poder do
seu papel, como o fazem os pais autoritários, e mais no poder da razão para
alcançar seus objetivos.
·
Cuidado
Permissivo – este estilo é usado por mais que estão inclinados a se comportar
de uma maneira casual, não punitiva a aceitadora em relação à maioria das
coisas que as crianças fazem.
Conseqüência comportamentais destes três estilos
De que modo cada um destes padrões pais-filhos
influencia as crianças que crescem sob sua influencia? Consideremos alguns dos
achados. Tanto os pais autoritários como os autoritativos exigem um
comportamento socialmente responsável (obedecer a certas regras, controlar seus
impulsos, ouvir quando alguém falar, se comportar, etc.) de seus filhos, mas o
encorajam de forma diferente.
Os pais permissivos são ainda mais diferentes.
Não esperam um comportamento socialmente responsável nem são muito agressivos
em recompensá-lo quando ocorre. Dão poucas diretivas e estas raramente são
reforçadas por meios físicos ou por uma influencia verbal. Siegel e Kohn
descobriram que quando os adultos não reagem de nenhum modo a uma criança que
desobedece ou infringe uma regra existente, a criança tende a repetir o mesmo
comportamento numa ocasião subseqüente. O fato é que algumas crianças se
comportam “mal” não porque sejam necessariamente más, mas porque ninguém lhes
ensinou um comportamento correto ou mais adequado.
Em geral, as pesquisas indicam amplamente que
tanto o controle autoritário quanto o não controle permissivo tendem a inibir
as oportunidades de uma criança que cresce para se engajar em interações
vigorosas com pessoas. Contudo não é tão fácil como dizer que o melhor tipo de
pais é aquele que combina exatamente a mistura adequada de ser “durão” e ser
permissivo. As qualidades de calor humano explicito e de cuidados são
ingredientes importantes nesta mistura. Aquilo ao qual o calor humano é
misturado faz uma diferença.
Pais dotados de calor humano e restritivos x pais
dotados de calor humano e controladores
Não basta dizer que uma quantidade suficiente de
calor paterno é a resposta para criar crianças sadias e equilibradas. Depende
do que é combinado ao calor humano. Por um lado, temos pais dotados de calor
humano, restritivos, ao passo que por outro lado existem os pais dotados de
calor humano e controladores – cada qual tendo um efeito diferente sobre as
crianças. Em primeiro lugar, existe uma diferença entre controle restritivo e
controle firme. O controle restritivo esta associado ao uso de recomendações e
prescrições muito amplas que cobrem praticamente todas as áreas da vida da
criança e limitam severamente a sua autonomia de se testar a si própria de
novas maneiras e de aprender novas habilidades. O controle firme é diferente no
sentido de que a ênfase provavelmente será uma que diz “Eu espero que você seja
um bom menino”. Há uma imposição firma e consistente das regras, uma
resistência efetiva contra as exigências da criança, e geralmente mais
orientação e demonstração opostas às ordens e ao dizer como se comportar dos
pais de controle restritivo.
Desenvolvimento da Consciência
Cada criança adquire uma consciência, um sistema
de idéia, atitudes e controles internos que decretam o que esta certo ou errado
e quais são as suas responsabilidades e deveres .
Na maioria das vezes,
o comportamento de uma criança pré-escolar é determinado por aquilo que ela tem
vontade de fazer num determinado momento. O desenvolvimento precoce da
consciência tende a ser irregular, em grande parte restrito a proibições contra
comportamentos específicos, e baseado em sanções externas ao invés de internas.
As pesquisas de Piaget nos ensinam que entre as idades de 5 e 12 anos a maioria
das crianças vivencia uma mudança dramática no seu conceito de justiça à medida
que passa de uma noção rígida e inflexível do que esta certo e errado.
Sinais de um Desenvolvimento Sadio da Consciência
Sears, Maccoby e
Levin observam que há pelo menos três sinais de um desenvolvimento sadio da
consciência aos quais os adultos devem prestar atenção ao avaliar a capacidade
da criança de diferenciar entre o comportamento certo ou errado.
Um sinal é a extensão
na qual a criança é capaz de resistir à tentação, mesmo quando sabe que não
está sendo observada por um punidor potencial.
Um segundo sinal é
aceitar os padrões dos pais como seus próprios .
E o terceiro tipo é o
modo como a criança age depois que fez algo errado. Uma criança com uma
consciência bem desenvolvida se sente atribuída não apenas pelo medo do
castigo, mas também por uma certa quantidade de autocensura.
Em geral a capacidade
da criança de admitir que fez algo errado e pedir desculpas ou fazer qualquer
espécie de reparação são passos importantes no caminho do desenvolvimento de um
autoconceito que é capaz de discriminar entre o certo e o errado.
Sinais de um Desenvolvimento Não Sadio da
Consciência
Quando uma pessoa
reprimiu, projetou, deslocou ou racionalizou a culpa que acumula, suas defesas
geralmente têm que se tornar mas drasticas para evitar que a culpa penetre na
consciência.
Para Encorajar o Desenvolvimento Sadio da
Consciência

Como você poderia
suspeitar, o tipo de disciplina que os pais usam está muito relacionado com o
desenvolvimento da consciência de uma criança.
Basicamente, existem
pelo menos três condições essenciais para o desenvolvimento da consciência :
A criança precisa saber o que este certo e errado.
Ela precisa ser amada e saber que o é.
Ela precisa saber com certeza que aqueles que a amam não aceitam
indiscriminadamente qualquer coisa que faça.
Vivenciar e elaborar
sentimentos de culpa são pré-requisitos primários para o desenvolvimento de uma
consciência sadia.
Pesquisa Realizada no 1º Periodo
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