quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O AUTOCONCEITO RELACIONADO ÀS LIGAÇÕES FAMILIARES


O auto-conceito relacionado às ligações familiares e praticas de educação de crianças.

A principal e mais importante relação existente é a entre pais e filhos. São os pais os responsáveis pelo impulso inicial dado as crianças, bem como de influenciar seu desenvolvimento, seja ele para melhor ou pior, mas muitas vezes, até costumam culpar as escolas, avós, vizinhos e televisão para comportamentos indesejáveis, se esquecendo de sua responsabilidade , sendo eles, os pais, responsáveis pela formação de sua personalidade primaria.
É dentro do contexto emocional de uma família que um jovem, em desenvolvimento, sente se é amado ou não, querido ou não, dotado ou não de valores, por exemplo uma criança de oito anos que cresce em um ambiente em que não sabe se seus pais a ama, conseqüentemente como meio de proteção ela desenvolve atitudes prudentes e desconfiadas com relação aos outros.
Portanto, faz diferença de como essa criança vai se sentir consigo mesma ou com outras crianças, de acordo como são educadas, seja por seus pais ou outras pessoas.

Tendências combinantes nas práticas de criação de filhos.

A criação que cada geração vai dar a seus filhos vai depender e é influenciada pela história de vida do seu pai e da sua mãe e, padrões sociais e expectativas atuais, podendo modificar as suas referencias em termo de criação. Os calvinistas acreditavam que o recém-nascido era condenado como resultado do “ pecado original “, devido a depravação inata do homem, sendo tanto mau como rebelde. Deveriam se submeter somente à vontade dos pais e de Deus. Sendo as orientações religiosas muito mais fortes na America do século XIX, tendo um impacto importante sobre a educação de crianças. Sendo justificativa para um comportamento sádico em relação à criança, durando por muito tempo, sendo visto ainda nos primeiros anos da década de 1900, onde se diziam que a criança era dotada de impulsos fortes e perigosos, sendo às mães orientadas a tomar determinadas atitudes radicais mas que na época eram naturais, porém nem todos os pais seguiam este tipo de criação a risca, havendo uma atitude mais geral a respeito de como educar as crianças que faziam desse processo uma coisa mais impessoal do que è o caso de hoje. Posterior a isso surgiram novas “ tendências “ e sugestões de como educar uma criança, como um livro escrito pelo famoso psicólogo behaviorista, John B. Watson.

Quais são as tendências atuais?

São praticas que, não sugerem que tenhamos voltados a uma disciplina firme e austera , mas sim sobre compreender  a criança ao invés de ser demasiado rígido ou permissivo, passando para criança segurança.
            A ênfase sobre compreender a criança não significa que estamos voltando a uma ética permissiva de criação. Devido as imprudências dos adultos (crimes e delinqüência), não há paciência para as filosofias que falam de liberdade e direito das crianças, com isso crianças que tem pais firmes e não permissivos  se saem bem na escola e possuem uma auto-estima elevada.
            Há uns 50 anos, os pais sentiam que a maneira de curar a falta era atacar a personalidade da criança, os pais de hoje compreendem melhor as idéias. Nos mostrando esta nova abordagem psicológica que a criança tende a ver as coisas no seu extremo, como o preto ou branco, ou seja, boas ou más, covardes ou corajosos, amáveis ou terríveis, essa compreensão dos sentimentos pessoais da criança a ajuda a aprender que tanto o seu mundo interno ou externo são reais, podendo controlá-lo.
O que a criança se torna depende de como ela é criada e por quem é criada.

Que influencia os pais a criar os filhos como o fazem?

Todos os pais sabem instintivamente como “ ser um pai” , mas não podem se apoiar em instintos inatos. Pode-se dizer que o modismo na criação influencia o comportamento dos pais.

Influência da continuidade das gerações sobre o comportamento dos pais.

As gerações atuais não só testemunham o que seus pais fazem, como também se assemelham a eles em termo de seu próprio estilo parental.
            Harris em seu estudo exemplifica a continuidade da seguinte maneira: “1° era o grau em que as mães estavam conscientes das semelhanças entre o seu próprio comportamento infantil e o dos seus próprios filhos; 2° era a extensão em que desejavam ver repetidas as experiências de sua própria infância; 3° era o grau em que as mães desejavam ter o mesmo tipo de papel como adultos que tinham tido em crianças; 4° era a extensão na qual algumas mães refletiam acerca das suas próprias expectativas infantis não satisfeitas. Ele percebeu também que a conexão que a mãe fazia com sua infância afetava no seu papel maternal.
            A continuidade das praticas de criação da uma geração para outra se da na maioria das vezes inconscientemente. Os pais passam para seus filhos , pelo processo poderoso e diário de ensino intencional, atitudes fundamentais de criação de crianças passadas a eles pelos seus pais.
            O que os pais ensinam e transmitem a criança na fase de desenvolvimento ira influenciar o seu próprio comportamento como futuros pais. 

Influência da Personalidade Paterna Sobre o Comportamento da Criança

  É completamente visível aos olhos de qualquer um que a influência dos pais é algo muito forte no comportamento das crianças, nosso processo de formação psicológica e social depende de tudo que nos é passado desde pequenos.
Cada atitude de um pai pra um filho apresenta para este, grandes significados, muitos pais e mães sentem dificuldade de expressar seus sentimento de forma aberta, eles dão assistência e cuidam dos filhos, ao que se refere à valores materiais, mas o gesto físico de uma demonstração de carinho (abraço,beijo) se omite diante desses feitos o que acaba por causar dúvidas nos filhos à respeito do amor que recebem dos pais, o que recebe deles é por obrigação ou amor verdadeiro, e tudo isso poderá influenciar no comportamento que essa criança terá mais tarde, quando também se tornar um pai.

O Papel da Identificação e do Estabelecimento dos Papéis Sexuais nas Relações Pais-Filhos

Esse estágio de identificação se dá de maneira inconsciente, elas apresentam um comportamento imitativo e modelado referente ao vê a sua frente, em sua maioria levam em consideração o comportamento da figura paterna e materna.
Exemplos de identificação e de estabelecimento dos papéis sexuais é o comportamento do menino de três anos imitando o pai ao fazer a barba e da menina de quatro anos imitando a mãe ao cozinhar. Quando o estabelecimento dos papéis sexuais se inicia na vida da criança ela começa a adquirir comportamento considerado compatível com seu sexo dentro da sociedade de que faz parte, aos quatro anos de idade já é capaz de atribuir os pronomes (ele,ela,eles e elas)  às coisas e pessoas corretamente e apresentam preferências de acordo com seu sexo e aos cinco anos aproximadamente ficam cientes da diferença dos órgãos genitais masculino e feminino.

O Papel dos Pais no Estabelecimento dos Papéis Sexuais e na Identificação

Os modelos masculinos e femininos que os pais apresentam ser para as crianças são muito comprometedores à opção sexual que elas venham a ter, a menina quando enxerga na mãe o comportamento feminino e passa a gostar, obviamente ela irá imitá-la, o mesmo ocorre com o menino exceto a figura, que neste caso é o pai.
O carinho que recebem (do pai e da mãe) também influem nessa fase, os menino que tem pai mais presentes são mais masculino que os que têm uma relação mais fria com pai, o mesmo ocorre com a menina, se sua relação com a mãe for mais próxima a tendência é seu comportamento ser bem feminista, é o que não acontece quando a relação mais forte é com o pai, o gênero do genitor mais dominante também faz parte do exemplo de figura a se seguir, o modo de viver e pensar dos pais também influem na  ousadia  e coragem que essa pessoa irá apresentar, a falta de carinho do pai pode fazer com que quando for rapaz procure e encontre esse carinho em outro rapaz, diferente da homossexualidade feminina que na maioria acontece por ter pais super-protetores, que falem dos homens como pessoas que vão lhe ferir e acabam por causar medo na opção de querer levar uma relação amorosa compatível com seu sexo, e fora do contexto da importância sexual, os filhos copiam as coisas boas dos pais independente dos sexos.

Influência do Movimento de Liberação da Mulher Sobre a Modificação dos Papéis Sexuais

O Movimento da Liberação Feminina serviu para abrir os olhos de muitos ao que se refere à importância de mostrar que alguns costumes antigos não são mais válidos, o fato de uma mulher realizar atividades comumente realizadas por homens não implica dizer ela seja menos feminina, o mesmo vale para os homens de maneira inversa, aos poucos e de modo consciente isso está chegando à cabeça de todos, há aqueles que persistam em resistir, mas que a mudança está ocorrendo, isso é fato.






Três importante estilos de criar filhos

A maioria dos pais, naturalmente, deseja dar a seus filhos o melhor que podem. Apesar das boas intenções, contudo, as crianças nem sempre se desenvolvem como se espera. Algumas se tornam hostis, cheias de ódio e desconfiadas, outras são medrosas e ansiosas, e algumas se transformam em adultos infelizes, tímidos, que na sabem o que são e quais são os seus princípios. Por outro lado, muitas crianças possuem um auto-conceito positivo e se transformam em adultos produtivos, integrados e auto-realizados. A questão é: que tipo de estilo de criação de filhos produz que tipo de crianças?
Não existe uma resposta simples para esta pergunta, mas as pesquisas a respeito da criação de filhos nos anos recentes nos deram uma boa idéia d que podemos razoavelmente esperar dados certos estilos de criação de crianças. A psicóloga Diana Baumrind identificou e pesquisou três padrões diferentes de como os pais se relacionam com os filhos e usam a autoridade implícita no papel paternal.
·         Cuidado Autoritário – esta abordagem caracteriza os pais que operam de acordo com padrões rígidos de conduta, que favorecem medidas punitivas e severas de disciplina, e que valorizam a obediência estrita como uma grande virtude.
·         Cuidado Autoritativo – esta abordagem pode ser melhor descrito como racional e orientada para as questões. Os pais autoritativos se apóiam menos no poder do seu papel, como o fazem os pais autoritários, e mais no poder da razão para alcançar seus objetivos.
·         Cuidado Permissivo – este estilo é usado por mais que estão inclinados a se comportar de uma maneira casual, não punitiva a aceitadora em relação à maioria das coisas que as crianças fazem.

Conseqüência comportamentais destes três estilos

De que modo cada um destes padrões pais-filhos influencia as crianças que crescem sob sua influencia? Consideremos alguns dos achados. Tanto os pais autoritários como os autoritativos exigem um comportamento socialmente responsável (obedecer a certas regras, controlar seus impulsos, ouvir quando alguém falar, se comportar, etc.) de seus filhos, mas o encorajam de forma diferente.
Os pais permissivos são ainda mais diferentes. Não esperam um comportamento socialmente responsável nem são muito agressivos em recompensá-lo quando ocorre. Dão poucas diretivas e estas raramente são reforçadas por meios físicos ou por uma influencia verbal. Siegel e Kohn descobriram que quando os adultos não reagem de nenhum modo a uma criança que desobedece ou infringe uma regra existente, a criança tende a repetir o mesmo comportamento numa ocasião subseqüente. O fato é que algumas crianças se comportam “mal” não porque sejam necessariamente más, mas porque ninguém lhes ensinou um comportamento correto ou mais adequado.
Em geral, as pesquisas indicam amplamente que tanto o controle autoritário quanto o não controle permissivo tendem a inibir as oportunidades de uma criança que cresce para se engajar em interações vigorosas com pessoas. Contudo não é tão fácil como dizer que o melhor tipo de pais é aquele que combina exatamente a mistura adequada de ser “durão” e ser permissivo. As qualidades de calor humano explicito e de cuidados são ingredientes importantes nesta mistura. Aquilo ao qual o calor humano é misturado faz uma diferença.

Pais dotados de calor humano e restritivos x pais dotados de calor humano e controladores

Não basta dizer que uma quantidade suficiente de calor paterno é a resposta para criar crianças sadias e equilibradas. Depende do que é combinado ao calor humano. Por um lado, temos pais dotados de calor humano, restritivos, ao passo que por outro lado existem os pais dotados de calor humano e controladores – cada qual tendo um efeito diferente sobre as crianças. Em primeiro lugar, existe uma diferença entre controle restritivo e controle firme. O controle restritivo esta associado ao uso de recomendações e prescrições muito amplas que cobrem praticamente todas as áreas da vida da criança e limitam severamente a sua autonomia de se testar a si própria de novas maneiras e de aprender novas habilidades. O controle firme é diferente no sentido de que a ênfase provavelmente será uma que diz “Eu espero que você seja um bom menino”. Há uma imposição firma e consistente das regras, uma resistência efetiva contra as exigências da criança, e geralmente mais orientação e demonstração opostas às ordens e ao dizer como se comportar dos pais de controle restritivo.

Desenvolvimento da Consciência

             Cada criança adquire uma consciência, um sistema de idéia, atitudes e controles internos que decretam o que esta certo ou errado e quais são as suas responsabilidades e deveres .
            Na maioria das vezes, o comportamento de uma criança pré-escolar é determinado por aquilo que ela tem vontade de fazer num determinado momento. O desenvolvimento precoce da consciência tende a ser irregular, em grande parte restrito a proibições contra comportamentos específicos, e baseado em sanções externas ao invés de internas. As pesquisas de Piaget nos ensinam que entre as idades de 5 e 12 anos a maioria das crianças vivencia uma mudança dramática no seu conceito de justiça à medida que passa de uma noção rígida e inflexível do que esta certo e errado.

Sinais de um Desenvolvimento Sadio da Consciência

            Sears, Maccoby e Levin observam que há pelo menos três sinais de um desenvolvimento sadio da consciência aos quais os adultos devem prestar atenção ao avaliar a capacidade da criança de diferenciar entre o comportamento certo ou errado.
            Um sinal é a extensão na qual a criança é capaz de resistir à tentação, mesmo quando sabe que não está sendo observada por um punidor potencial.
            Um segundo sinal é aceitar os padrões dos pais como seus próprios .
            E o terceiro tipo é o modo como a criança age depois que fez algo errado. Uma criança com uma consciência bem desenvolvida se sente atribuída não apenas pelo medo do castigo, mas também por uma certa quantidade de autocensura.
            Em geral a capacidade da criança de admitir que fez algo errado e pedir desculpas ou fazer qualquer espécie de reparação são passos importantes no caminho do desenvolvimento de um autoconceito que é capaz de discriminar entre o certo e o errado.





Sinais de um Desenvolvimento Não Sadio da Consciência

            Quando uma pessoa reprimiu, projetou, deslocou ou racionalizou a culpa que acumula, suas defesas geralmente têm que se tornar mas drasticas para evitar que a culpa penetre na consciência.


Para Encorajar o Desenvolvimento Sadio da Consciência

            O conceito, mas frequentemente usado para explicar o desenvolvimento da consciência de uma criança é o da identificação. As condições que favorecem uma identificação positiva forte com os pais também tendem a encorajar o desenvolvimento da consciência, isto é, à medida que a criança se torna como seus pais, ela também adota os valores paternais do que esta certo e errado.
            Como você poderia suspeitar, o tipo de disciplina que os pais usam está muito relacionado com o desenvolvimento da consciência de uma criança.
            Basicamente, existem pelo menos três condições essenciais para o desenvolvimento da consciência :
A criança precisa saber o que este certo e errado.
Ela precisa ser amada e saber que o é.
Ela precisa saber com certeza que aqueles que a amam não aceitam indiscriminadamente qualquer coisa que faça.
            Vivenciar e elaborar sentimentos de culpa são pré-requisitos primários para o desenvolvimento de uma consciência sadia.



 Pesquisa Realizada no 1º Periodo

   





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