Civilização Digital
Muitos teriam criticado
que há 20 anos se previsse a obsolescência dos sistemas de computação
existentes naquela época em menos de duas décadas. No entanto, foi isso que
aconteceu. A verdade é que, embora conheçamos o mundo dos átomos, desconhecemos
o mundo dos bits; não temos uma afinidade "visceral" com os bits,
com seu tamanho, forma e cor.
Com o passar do tempo,
entretanto, aprendemos pelo menos a perceber esse universo dos bits, essas
unidades de informação computadorizada, de forma diferente. Até mesmo no mundo
dos negócios. Já não são tantos os executivos que não entendem a transformação
que a passagem de átomos para bits representa em sua atividade diária.
Observemos um exemplo
prático: o caso de uma fábrica de torradeiras. Por mais simples que pareça,
precisamos de pessoas com aptidões diferentes para processar os vários
materiais e elementos químicos que, combinados, vão se converter em uma
torradeira. Se o modelo ou projeto da torradeira tiver sucesso no mercado,
aumentará a demanda, a empresa ganhará escala e, como resultado, maior poder de
negociação na compra das matérias-primas, o que a colocará em condições de
reduzir seus custos. Teoricamente deveria também reduzir o preço de venda da
torradeira para o público e melhorar a qualidade do produto.
Agora, se o que se
produzisse fossem bits em vez de torradeiras, diante do mesmo sucesso e
com o conseqüente crescimento da participação no mercado, o processo seria
absolutamente diferente, porque o custo marginal de fabricar mais bits é
igual a zero. Uma mudança fundamental na economia, o que nos leva א demografia do mundo
digital.
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