
Também
não são muito fies à realidade, a situação por pais, principalmente depois da
incorporação de novas modalidades de acesso, como os telefones celulares como browsers, ou os computadores públicos ou
comunitários que, numa única conexão, somam centenas de pessoas. Não seria de estranhar
que já tenhamos 1 bilhão de usuários em todo o mundo.
Como
se dispõem os usuários hoje? Nos Estados Unidos há um grande grupo de usuários
jovens, com não mais de 15 anos, que poderíamos chamar de 100% digitais. Eles
usam o computador e navegam pela internet
como peixes na água.
Mas
há também um segundo grupo escondido que é tão fascinante quanto surpreendente:
são as pessoas com mais de 65 anos. Por sinal, este é um dos grupos de mais rápido
crescimento. Eles compartilham uma característica como o primeiro: a
disponibilidade de tempo.
No
meio temos os desamparados digitais. São os que não entraram no processo de
digitalização. Encontram-se nessa situação não
por preguiça ou falta de recursos, mas porque simplismente chegaram ao
mundo no momento errado. Talvez seus interesses sejam diferentes ou sua visão
do mundo não permitia incluir tão facilmente a tecnologia na vida cotidiana. O
mais curioso é que os que hoje dirigem escolas, empresas, e até nações são
justamente os membros dessa categoria. Ai poderia estar a causa da lentidão de
alguns avanços.
É
igualmente importante identificar os países com maior avanço digital e analisar
por que algumas nações com um perfil de desenvolvimento econômico semelhante
estão mais avançadas que outras na aplicação da tecnologia disponível.A exemplo
do que falo fica o sistema de eleição do Brasil e o dos Estado Unidos.
Se
obtivermos as estatísticas que indica o numero de linhas telefônicas por
centenas de habitantes, ou a densidade dos domínios registrados na web, ou a
porcentagem de lares onde há um computador ou conexão a internet,
descobriríamos que nos países escandinavos ,por exemplo os números são mais
altos que nos Estados Unidos. Trata-se de países em que a maioria da população
domina o inglês e tem um nível elevado de educação.
A
Alemanha, a França e a Itália, por outro lado, poderosas forças econômicas,
compartilham a qualidade das telecomunicações e têm dados estatísticos
parecidos quanto a quantidade de telefones e nível de serviços.A França, por
exemplo, até há pouco tempo gastava mais dinheiro por assinante , na pesquisa
das telecomunicações , que qualquer outro pais do mundo.
Entretanto,
qualquer um desses três países europeus está abaixo de um limear interessante
no tocante ao uso da internet. Comparemos o caso francês com o da Noruega ou da
Suécia. Enquanto a França tem cerca de 5% dos computadores instalados e das
residências conectadas a internet, nos países escandinavos a porcentagem fica
acima de 60% . Essa enorme diferença explica porque a principal força
mobilizadora do processo de digitalização é a cultura. Essas nações têm uma
visão muito diferente do mundo.
Ainda
que o conceito da cultura inclua uma enorme quantidade de elementos, há alguns
que são especialmente importantes quando se trata do mundo digital. Um deles é
o respeito pelas liberdades individuais;o outro é a economia subterrânia.
Geralmente malvista, essa economia freqüentemente sustenta um pais inteiro,
como é o caso da Itália. Isso é relevante porque a economia digital estará
muito próximo do consumidos que a economia dos átomos.
Outra
caracterista da cultura de muitos países latinos é uma espécie de salutar falta
de respeito pela autoridade. Não pretendo advogar a causa anarquista, mas
debater o compromisso maior . A cultura horizontal dá muito mais frutos que a
cultura vertical.A America Latina, por sua vez, apresenta traços específicos
que a tomam extremamente interessante para o desenvolvimento da economia
digital. As telecomunicações estão melhorando consideravelmente.
Quanto
às coisas, o terceiro elemento tem a ver com os objetos que estão “conectados”
a internet. Não se trata apaenas dos computadores de escritórios, palmtops ou
dos servidores. Tampouco se trata de telefones celulares ou de serviços de
Pager. Trata-se das coisas que estão na internet com identidade própria e de
modo como são usadas.Em outras palavra, trata-se de aproveitar a inteligência
da rede para conseguir um desempenho melhor.
Os eletrodomésticos
continuam na lista de adesões futuras. Já existem modelos de geladeira com um
dispositivo que lê os códigos de barra dos produtos e mantém um inventário do
"estoque", ao qual o proprietário pode ter acesso a partir do
computador de sua casa ou a milhares de quilômetros de distância e saber qual é
a lista de compras a ser feita antes mesmo de chegar de volta a sua casa. Mas
com que freqüência a geladeira é trocada? Não muito freqüentemente, é verdade.
Poderíamos até dizer que o metabolismo da internet é o extremo oposto do
metabolismo que regula a troca de geladeiras. Provavelmente troca-se de
automóvel com mais freqüência. Portanto, talvez esse tipo de eletrodomésticos
não esteja entre as coisas que merecem mais atenção em virtude de sua conexão à
internet.
O caso dos brinquedos e
jogos é diferente. Em mais de cinco anos - mas sem dúvida em menos de dez -
haverá mais Barbies conectadas à internet que cidadãos norte-americanos.
A média hoje nos Estados Unidos é de sete Barbies por menina. Nesse ritmo, em
pouco tempo a população dominante na internet não será constituída de
pessoas e sim de coisas.
Por Aliciane
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