Como uma forma de
combate a discriminação e aos preconceitos existentes na sociedade,
surge nos Estados Unidos da America o movimento conhecido como
Multiculturalismo que em meados do sec. XX é disseminado por todo
ocidente. Com foco na luta pelos direitos civis e no combate ao
racismo, o movimento teve como precursores professores
afro-americanos e docentes da área de Estudos Sociais, só segundo
com força e grande aderência ao Brasil nas décadas de 80 e 90.
Segundo Valente,
citado no texto, a palavra multiculturalismo nos remete pensar na
diferença e na riqueza que ela traz, bem como também nos conflitos
gerados por essa pluralidade de interesses. Esse sentimento de
diversidade, aceitação e tolerância gera um novo paradigma que
afeta as áreas econômicas, políticas, institucionais entre outros.
Nos três primeiros
parágrafos é relatado o papel da globalização econômica, que é
produzir, distribuir e propiciar o consumo de bens e serviços de uma
maneira organizada sobre uma visão unificada, voltada para o mercado
mundial, desconsiderando assim, as identidades culturais diversas
tentando pro meio das suas regras de mercado homogeneizar a sociedade
extirpando os valores das culturas ditas inferiores. É isso que
caracteriza o sistema global como opressor.
Já na política
temos o paradoxo do neoliberalismo, propondo ao Estado menor
intervenção socioeconômica para dar vez aos empresários e seus
negócios, desbancando as leis trabalhistas, os trabalhadores e suas
conquistas. O paradoxo esta no fato de que a globalização, vem
unificar, homogeneizar a sociedade de forma tolerante as diferenças,
já o neoliberalismo faz o contrario ela aprimora as diferenças
sociais, o que nos leva a acreditar num jogo de interesses, onde o
mercado esta livre para a venda e a compra de produtos, ou seja,
globalizado para todos, mas a política esta empacada nos interesses
dos dominadores.
Em si falando de
multiculturalidade, percebe-se que será cada vez mais um desafio
saber conviver e ser tolerante com as diferenças sociais. Isso
porque a sociedade já se encontra historicamente convivendo com
conceitos, preconceitos e tabus. Além desses obstáculos o texto
relata três pontos que se destacam: a visão de desigualdade e
inferioridade que a diferença traz associada a si, a dificuldade
da sociedade em aderir a diversidade e a lentidão das instituições
formadoras em realizar e transmitir praticas anti discriminatórias,
fazendo com que as pessoas aprendam a lidar com o multiculturalismo.
No quarto parágrafo
do segundo ponto o autor destaca o papel da escola e do professor,
que são considerados nesse contexto os salvadores do futuro, através
da formação de um novo perfil de cidadão. Em seguida o autor
relata da preocupação de algumas instituições mundiais com ONU,
UNESCO, UNICEF e Banco Mundial com relação a multiculturalidade e
os esforços que essas instituições tem feito para que haja uma
discussão sobre educação, tolerância e respeito a diversidade
cultural.
No terceiro ponto do
texto há um breve relato do surgimento do multiculturalismo nas
Américas, como combate a visão eurocêntrica e a opressão do
branco em relação a grupos considerados inferiores como índios e
negros. Além de relatar sobre os preconceitos existentes que para a
moral social vigente não se constitui em falta de respeito ao ser
humano. Alem disso mostra a repercussão e contribuições na
sociedade brasileira causadas por esse movimento.
No quarto ponto é
abordado alguns conceitos teóricos de multiculturalismo, sendo o
mais claro e especifico o conceito de que multiculturalismo
“é uma estratégia política de reconhecimento e representação
da diversidade cultural, não podendo ser concebido dissociado dos
contextos das lutas dos grupos culturalmente oprimidos.
Politicamente, o movimento reflete sobre a necessidade de redefinir
conceitos como cidadania e democracia, relacionando-os à afirmação
e à representação política das identidades culturais
subordinadas”.
O quinto e ultimo
ponto relato sobre as vertentes do multiculturalismo onde Peter
McLaren propõe quatro vertentes do multiculturalismo: conservado ou
empresarial, humanista liberal, liberal de esquerda e critica e de
resistência. Sendo cada uma delas compreendidas como frutos de lutas
históricas e sócias , sendo assim apropriadas para cada um desses
momentos, sendo bem compreendidas quando colocadas no seu contexto
social e histórico.
Com os vários
estudos ocorridos, muitas mudanças acontecem no campo educacional
causando assim, a valorização e o estudo etnográfico da história
das raças e comportamentos humanos considerados inferiores.
Resenha de Texto - MULTICULTURALISMO
EM DEFESA DA DIVERSIDADE CULTURAL
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